sábado

São João de Matha, Juerana - 2011






Mais uma vez, e com muita satisfação, como ocorreram nos anos 2008 e 2009, os frades da Ordem da Santíssima Trindade foram a Juerana-BA para celebrar a festa do padroeiro São João de Matha. No dia 25 de janeiro de 2011, festa de São Paulo Apóstolo, padre frei Vicente de Paulo Dias Pereira, frei Clayton dos Santos, frei Ailton Antunes de Almeida e Cláudio Gomes Oliveira partiram da Domus Trinitatis de São Paulo para uma viagem de cerca de 1300 km, chegando a Juerana no dia 26.


Já em território baiano, antes da chegada em Juerana, os frades passaram por Teixeira de Freitas, sede da diocese, onde foram recebidos pelo bispo diocesano Dom Carlos Alberto com um merecido almoço depois de tão longa viagem.


Na entrada da cidade uma placa mostrava o clima das festividades: “Salve nosso padroeiro São João de Matha”. Ao lado da comunidade São João de Matha, uma grande faixa dava as boas vindas e saudava a toda família trinitária.



Já no dia 27/01 dá-se início à novena do padroeiro que se prolonga até o dia 04/02, cada dia com um tema bíblico e uma equipe responsável. Durante estes dias às 07:00 h rezávamos o Santo Triságio junto com a comunidade na igreja e às 19:00 h celebrávamos a Santa Missa.


O dia da festa de São João de Matha foi antecipado para o dia 06/02 (domingo) para dar oportunidade a mais pessoas de participarem, já que no calendário de Juerana a festa se celebra no dia 08/02 (terça-feira) – lembrando que em Juerana a festa de São João de Matha é celebrada na antiga data da festa e não no dia 17/12, como prescreve o atual calendário eclesiástico.




Em todos os dias da novena houve grande participação de jovens, adultos e crianças que acorriam à Igreja com muita devoção e fervor.




Durante os dias da novena os frades trinitários visitaram as famílias, em especial os idosos e doentes, e transmitiram todo o amor de Jesus Cristo e de Maria, Mãe do Bom Remédio. Para essa missão ajudaram os jovens da comunidade caminhando conosco, levando-nos até as casas. Nessas visitas rezamos pelas famílias, pelos doentes e convidamos a todos para participarem da novena conosco.



No dia 30/01, o padre frei Vicente de Paulo celebrou a missa na comunidade Nossa Senhora Aparecida no bairro de Taquari; uma comunidade, a propósito, muito organizada que tem à sua frente uma jovem chamada Diana, exemplo de empenho nos trabalhos da Igreja. Neste mesmo dia houve celebração, também, na comunidade São Benedito.


Chegado o tão esperado dia da festa, já havíamos percebido o grande amor e devoção de todos para com São João de Matha. A Igreja estava lotada, a missa foi celebrada por Dom Carlos Alberto, bispo diocesano, que na sua homilia estimulou os jovens à vocação sacerdotal e religiosa bem como à vocação matrimonial. Logo após a missa ocorreu a procissão pelas ruas da cidade.



O carinho e a atenção que fomos recebidos não poderiam ser explanados nestas linhas. Toda a comunidade se empenhou ao máximo para receber os frades trinitários. Cuidaram dos menores detalhes, demonstrando assim o grande amor para com seu padroeiro (e nosso Fundador) São João de Matha.










Assista a peça: O Auto de São João de Matha encenada pelos jovens de Juerana.



sexta-feira

O AUTO DE SÃO JOÃO DE MATHA

Peça de teatro encenada pelo grupo de teatro Divina Trindade, da comunidade São João de Matha - Juerana, BA. Por meio desta apresentação os jovens de Juerana nos mostram todo seu talento, criatividade e espontaneidade.

Esta pequena peça nos apresenta um pouco da história de São João de Matha, do seu nascimento à sua ordenação.







terça-feira

SANTÍSSIMA TRINDADE

SANTÍSSIMA TRINDADE


Em nome da Santa e Indivisa Trindade

I. Dimensão trinitária da Regra.

"A Santíssima Trindade, fonte, modelo e fim de toda a existência: eis aqui o coração de vossa espiritualidade” (carta de João Paulo II à Ordem). Desta fonte inesgotável de amor, brota vossa missão em favor dos escravos e dos pobres... Vós a viveis como uma prolongação da missão redentora de Cristo (idem).

O carisma trinitário de nossa espiritualidade tem origem na Regra trinitária.

A Regra redigida por São João de Matha está "intensamente impregnada de espiritualidade trinitária” (D. Zorli Valori religiosi nella litteratura provenzale). Nela, os símbolos trinitários estão muito presentes. Zorli e J. Gross a qualificam como uma "filigrana” de simbolismos trinitários (obra de ourivesaria, formada de fios de ouro ou de prata, delicadamente entrelaçados e soldados).

Notemos que a vinculação da ordem com o mistério trinitário não é de natureza especulativa, e sim experiencial.

A São João de Matha interessa mais viver a experiência da Trindade redentora. Mais que "demonstrar” o mistério, quer "mostrar” o amor redentor que flui deste mistério. É o amor misericordioso de Deus Pai que, através de seu Filho, sai ao encontro do homem cativo e pobre que grita por libertação.

É a experiencia do Deus do Êxodo, sensível ao clamor dos cativos. É viver o programa de Cristo, enviado do Pai e ungido pelo Espírito que vem para "anunciar a boa nova aos pobres e para proclamar a liberdade aos cativos” (Lc. 4,18).

Por esta razão, um escritor trinitário, frei João de Santo Atanásio (séc. XVII) afirma que: "a Ordem Trinitária traz em sua origem a Trindade redentora”.

II. A experiência da Trindade redentora vivida como dom e compromisso.

São João Batista da Conceição nos exorta a viver esta espiritualidade, como resposta ao amor de predileção de Deus Trindade por cada um de nós. Temos de sentir-nos "especialmente amados pelo Deus Trindade”. A Trindade nos escolheu para sermos sinal de seu amor redentor.

Continua são João Batista da Conceição: A Ordem Trinitária é "fundação, obra, figura, propriedade e fruto do amor de Deus Trindade” (VIII, 332 ss.). Os religiosos trinitários têm de se considerar "morada especial” de Deus Trindade. Na alma de cada trinitário Deus habita "como em sua obra”, "como em sua casa”. Somos "propriedade” de Deus Trindade. Portadores de seu nome e de sua mensagem pelo mundo.

III. Como tais somos conhecidos na Igreja

Inocêncio III nos chama: "irmãos da casa da Santa Trindade”. Em 1201, Pierre de Bellois chama os Trinitários de "irmãos da Santa Trindade”. Um ano mais tarde aparece o título completo: "Ordem da Santa Trindade e da Redenção dos Cativos” (Cf. o texto da transação entre o bispo Rainiero de Marsella e São João de Matha).

Um pouco mais tarde, em 1268, encontramos o escrito de Humberto de Romans, Geral dos dominicanos, que diz: "e por isto, não sem razão, se chamam irmãos da Santa Trindade; e para que se adequem a este título, devem ser especiais adoradores da Trindade e portanto, devem imitá-la”.

"Servos devotíssimos e fidelíssimos da Santa Trindade”, chama aos Trinitários, a cerca de 1230, o arcebispo de Tours, Juhel de Mathefelon.

A expressão "Trindade Redentora” faz alusão aos dois dogmas que estão na base de nossa espiritualidade. Temos que vivê-los como uma unidade indivisível. Para ser "redentor” temos que "encher-nos” antes da caridade redentora que tem sua origem e sua fonte na Santa Trindade.

Desta infinita caridade libertadora deve encher-se o coração do trinitário até viver "com paixão” sua missão libertadora em favor dos cativos e dos pobres.

Esta espiritualidade trinitária-libertadora nosso pai São João de Matha nos deixou plasmada no mosaico em São Tomé in Formis. Nesta representação vemos Cristo libertador dos cativos que nos mostra o amor de Deus Trindade. Quem vê Cristo, vê o Pai e percebe a força do Espírito.

(SÁNCHES, José Hernandes. Espigando en el patrimonio trinitario: lecturas para cada día del año. Edição de 2001. p. 7-8)

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